segunda-feira, setembro 20, 2010

QUEM EU SOU? O INVENTOR

O Inventor [ENTP]
Inventar é o lado funcional da engenharia, isto é, construir protótipos de dispositivos que funcionam para aumentar a eficiência de sistemas. É tão natural que ENTPs treinem criar engenhocas e mecanismos geniais que eles começam a fazê-los mesmo quando crianças.E esses Inventores se divertem tanto com isso que realmente nunca mais deixam de exercer seus talentos inventivos, apesar de que no local de trabalho focarão essa engenhosidade tecnológica numa diversidade de sistemas tanto sociais quanto físicos e mecânicos.
Como um variante dos Racionais de Platão e dos Dialéticos de Aristóteles, os ENTPs variam pouco dos outros NTs na maioria dos aspectos.Como todos os Racionais, eles são abstratos na comunicação e utilitaristas na forma de implementar seus objetivos. Eles preferem estudar ciências, são absortos por tecnologia e trabalham bem com sistemas. O seu ponto de vista é pragmático, cético, relativista, focado em intersecções espaciais e em intervalos de tempo. Baseiam suas auto-imagens em serem engenhosos, autônomos e resolutos. Eles seriam calmos se possível; confiam na razão, são focados em resultados, buscam conhecimento, prezam cordialidade e aspiram ser magos da ciência e tecnologia. Intelectualmente são aptos a praticar a estratégia muito mais do que a diplomacia, a tática e especialmente a logística.Além disso, já que possuem uma natureza voltada à curiosidade e à opções, eles tendem a preferir o papel informativo do Engenheiro ao papel diretivo de um Coordenador.Por conta de sua expressividade e interesse em todas as coisas do mundo, eles preferem exercer o papel de Inventor [ENTP] ao de Arquiteto [INTP].
Não são muitos os Inventores, digamos cerca de dois por cento da população. Eles são intensamente curiosos e continuamente exploram possibilidades, principalmente se relationadas a problemas complexos, e se intrigam pela Teoria de Caos. Este tipo de curiosidade pode ser inspiradora para as outras pessoas, que se pegam admirando a insaciável busca dos Inventores por conhecimento.ENTPs também são os mais relutantes de todos os tipos a fazer coisas de uma maneira pré-estabelecida simplesmente porque esta é a forma como as coisas sempre foram feitas.Eles possuem a característica de estar sempre atentos a melhorias, sempre em busca de novos projetos, novas atividades, e novos procedimentos.Os Inventores confiam no valor de suas abordagens e apresentam uma capacidade encantadora de ignorar o padrão, o tradicional e o autoritário.Como resultado desta atitude inovadora, eles frequentemente trazem abordagens novas ao seu trabalho e a sua vida.
Bons em análise funcional, Inventores são ávidos julgadores da pragmática de organizações tanto sociais quanto tecnológicas, e freqüentemente se tornam experts na melhoria das relações entre meios e fins.Enquanto o Arquiteto [INTP] enxerga o design como um fim em si mesmo, o Inventor enxerga o design como um meio para um fim, como uma maneira de desenvolver o instrumento que funciona, o protótipo que é replicável.Para esses Engenheiros extrovertidos, as idéias são valiosas quando - e somente quando - elas possam ser traduzidas em ações e em objetos."Isto é impossível de ser feito" é um desafio para um ENTP e ativa uma reação de "Eu consigo fazer isto."Eles não são, contudo, os movedores de montanhas como são os Cérebros-mestres [INTJ].Ao invés disso, o Inventor tem fé em sua habilidade de encontrar soluções para os problemas, e exibe um talento extraordinário de conseguir alcançar as exigências até mesmo nas situações mais impossíveis.Superficialmente, eles se parecem com os Promotores Artesãos [ESTP] por conta de seus talentos de improvisação e de ação oportuna.Mas o foco dos Inventores é sobre competência e sobre um senso de realização, que no caso dos Promotores é um senso de espontaneidade e de liberdade de ação.
Os Inventores têm um espírito empreendedor e podem "se virar" de forma perspicaz com o que - ou quem - quer que esteja à mão, contando com a sua capacidade de resolver problemas conforme eles surgem, ao invés de cuidadosamente gerar um plano detalhado com antecedência.Um esboço é tudo que eles precisam para se sentirem confiantes e prontos para proceder à ação.Devido a esta tendência de depender de sua capacidade e inventividade, ENTPs podem às vezes, deixar de se preparar adequadamente para uma determinada tarefa.Mesmo após repetidos fracassos em situações onde sua capacidade resultou em derrota, o Inventor desenvolverá maneiras de evitar este tipo de situação, ao invés de recorrer a uma preparação mais completa.
ENTPs pode obter sucesso em uma variedade de ocupações, desde que o trabalho não envolva uma rotina excessivamente monótona, ponto este no qual estes se tornam inquietos. Eles normalmente são professores fenomenais, continuamente desenvolvendo maneiras novas e interessantes de conseguir que seus alunos se envolvam no aprendizado. Eles são bons líderes em projetos inovadores que testam sua criatividade. E eles são habilidosos ao engenhar relações e sistemas humanos, rapidamente captando a política das organizações e sempre com o objetivo de compreender as pessoas dentro do sistema ao invés de julgá-las.De fato, eles não são diretivos (não dão ordens) ao lidar com os outros, e tomarão o controle das atividades apenas quando forçados pelas circunstâncias.
Não importa qual o emprego, os Inventores raramente são conformistas em seus locais de trabalho. Se seu trabalho se torna sem-graça e repetitivo, eles tendem a perder o interesse e deixam de dar continuidade às coisas - freqüentemente para o desconforto de seus colegas de trabalho.Para evitar a rotina, ENTPs tentarão burlar o sistema e utilizar as regras e regulamentos do próprio sistema para conseguirem criar o espaço que precisam para inovar. Eles podem até trabalhar contra o sistema apenas pelo prazer de se colucarem numa posição de vantagem. O Inventor também é famoso por tentar conseguir vantagens ao aparentar-se mais disposto a se arriscar através de um caminho perigoso a fazer uma concessão quando lidam com os seus superiores hierárquicos, colocando em risco a própria carreira e se comportando como se desconhecessem as consequências. Assim eles podem acabar criando uma crise desnecessária no trabalho, apenas para dar-lhes uma oportunidade de encontrar uma solução -- e que eles realmente geralmente conseguem encontrar.
Os Inventores freqüentemente possuem um animado círculo de amigos e se interessam por suas idéias e atividades. Eles normalmente são fáceis de lidar, raramente são críticos ou ranzinzas. O seu bom humor e curiosidade tendem a ser contagiosos, e as pessoas buscam sua companhia. ENTPs podem ser conversadores fascinantes, capazes de articular as suas próprias idéias complicadas e seguir as verbalizações complexas das outras pessoas. Eles podem, no entanto, deliberadamente empregar táticas de debate para colocar seus adversários em disvantagem, mesmo se aconteça que os oponentes sejam colegas de trabalho próximos ou amigos queridos. Versáteis e de mentes ágeis, eles reagem com rapidez e habilidade a modificações nos argumentos das outras pessoas. Geralmente, ENTPs estão vários passos à frente. De fato, eles são os mais capazes de todos os Tipos a se manterem numa posição de vantagem com relação às outras pessoas, ao passo que se forem enganados ou manipulados se sentirão humilhados, pois este tipo de coisa ofende o orgulho que têm em ser os mestres da arte de estar sempre por cima.
O seu ambiente doméstico tende também a ser cheio de vida. Eles geralmente vivem com várias pessoas ao seu redor, de riso fácil e freqüente, e são geralmente de bom humor. Embora geralmente sejam provedores confiáveis das necessidades econômicas, a vida com ENTPs é por vezes uma aventura, e eles podem inconscientemente levar a família a perigosas águas (economicamente falando). Ordem nas as rotinas da vida diária não é provável que os inspire, e geralmente resolvem este problema delegando as tarefas de manutenção da casa a seus/uas companheiros(as). Inventores gostam de debater verbalmente com seus entes queridos, e se estes não forem intelectualmente competitivos, provavelmente acharão este tipo de relação (que envolve um estar por cima, com a vantagem, e depois estar por baixo, na desvantagem) algo de certa forma desgastante. Porém, se o par for competitivo, o resultado poderá ser um encantador dar e receber -- ou, às vezes, conflito conjugal.
Inventores tendem a ter todos os tipos de hobbies e podem ser especialistas em áreas inesperadas, mas não estão aptos a compartilhar estes passatempos com os seus filhos ou companheiros(as), no sentido de ensinar-lhes estas coisas. Na verdade, Inventores podem ser muito inconsistentes com relação à atenção que dão aos seus filhos. Geralmente, a relação com os filhos é "oito ou oitenta", indo de um maravilhoso calor e afeição à negligência benigna quando absortos nos variados interesses que possuem no mundo lá fora. Em especial, Inventores têm pouco tempo para as tarefas diárias de cuidar e de disciplinar seus filhos e, se possível, deixarão tais detalhes domésticos para suas(seus) companheiras(os).

http://www.inspiira.org/fim.php

terça-feira, setembro 07, 2010

Eletronorte tenta cooptar índios do Pará

Eletronorte tenta cooptar índios do Pará
Estatal é acusada de dar presentes a líderes indígenas para que apoiem a construção da hidrelétrica de Belo Monte

Empresa nega ter agido para conquistar apoio de índios; Funai afirma que ignora oferta de presentes com esse fim

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BELÉM

A Eletronorte vem tentando cooptar com presentes grupos indígenas da Amazônia para que eles apoiem a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.
A tentativa foi relatada à Folha por um dos envolvidos nas negociações com os índios, sob a condição de não se identificar. Ela também foi denunciada por ONGs e pelos índios ao menos desde 2007 ao Ministério Público Federal, que nunca conseguiu comprová-la.
A Eletronorte nega "categoricamente" dar presentes para cooptar índios. A Funai disse que desconhece o caso.
A resistência dos indígenas à obra representa um dos maiores entraves para que a usina, leiloada em abril deste ano, possa de fato ser erguida, no rio Xingu, oeste do Pará. Mas se intensificou e explicitou neste ano.
A suposta tática focou principalmente os xicrins da região de Bacajá, um dos povos indiretamente atingidos pelas obras, e que têm ascendência sobre outras etnias.
Líderes xicrins têm recebido cestas básicas, aluguel de barcos, motores e até casas alugadas em Altamira (PA), segundo relato à Folha. Estima-se que os presentes tenham custado R$ 400 mil.
Antes críticos de Belo Monte, eles disseram que mudaram de opinião e que agora querem a hidrelétrica. O anúncio foi feito no início de junho, durante um encontro indígena em Altamira.
Relatório feito pela ONG Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) dois dias após o final do encontro diz que alguns índios "alegaram estar a favor de Belo Monte devido às ameaças... realizadas por parte do governo, de retirar a assistência da Funai e de saúde".
Desde o encontro, a cisão entre os indígenas aumentou. Antes unidos contra a usina, hoje há ao menos seis líderes que apoiam o projeto.
A pressão também é feita sobre os índios juruna. Marcos Apurinã, coordenador-geral da Coiab, disse que visitou uma comunidade da etnia e disse ter ouvido do líder Manoel Juruna que ele não sabia o que pensar, pois as ONGs críticas a Belo Monte não o ajudavam e a Eletronorte lhe deu um barco.
"A aldeia tá rachada, porque tem outro líder que é totalmente contra a usina. Lula está dividindo os índios."
A Eletronorte, por meio de sua assessoria, negou estar envolvida na cooptação de índios para o apoio a Belo Monte: "Não faz parte da política da Eletrobras/Eletronorte, no trato com comunidades indígenas, "dar presentes"... A empresa nega, categoricamente, quaisquer envolvimentos com grupos indígenas no sentido de aprovar ou reprovar questões afeitas a Belo Monte".
A Funai afirmou que "desconhece qualquer tipo de ação de cooptação em troca de apoio para a construção da usina. Bem como discorda desse tipo de atitude".

EM QUEM NÀO VOTAR - Políticos e Animais Vote bem

POLÍTICOS FAVORÁVEIS AOS RODEIOS:

● Aluisio Braz - Vereador Araraquara-SP (PMDB)
● Aloísio Mercadante - Senador (PT)
● Amandita - Deputada Estadual SP (PV)
● Beto Tricoli - Ex-Prefeito de Atibaia-SP, candidato prefeitura de Atibaia-SP (PV)
● Braiz de Moura - Vereador Foz do Iguaçú-PR (PSC)
● Carlos Antônio Vilela - Prefeito Caçapava-SP (DEM)
● Carlos Eduardo Vilela (Duda) - Caçapava-SP (DEM)
● Carlos Henrique - Secretário de Planejamento Caçapava-SP (DEM)
● Chediek - Vereador Araraquara-SP (PMDB)
● Daniel Lazarini - Vereador Caçapava-SP (PSC)
● Darcy Breves - Vice-Prefeita Caçapava-SP (DEM)
● Fabiana Santiago - Prefeita de Piracaia-SP (PV)
● Fabrício Correia - Sercretário de Cultura Caçapava-SP (DEM)
● Fernando Diniz - Secretário de Segurança Caçapava-SP (DEM)
● Fernando Henrique Cardoso FHC - Ex-Presidente da República (PSDB)
● Jair Meneguelli - Deputado SP (PT)
● José Serra (PSDB)
● Leonel Damo - Prefeito de Mauá-SP (PV)
● Luiz Inácio Lula da Silva - Presidente da República (PT)
● Marcelo Barbieri - Prefeito Araraquara-SP (PMDB)
● Marcos Alexandre Vilela ("laranja na Guaibê) - Caçapava-SP (DEM)
● Milton Monti - Deputado SP (PMDB)
● Névio Carlone - Vereador de São Bernardo-SP (PSB)
● Paulo Lima - Deputado SP (PFL)
● Paulo Maranata - Verador Araraquara-SP (PR)
● Rafael Grecca - Ex-Ministro dos Esportes (PMDB)
● Roberto Santiago - Deputado Federal (PV)
● Ronaldo Napeloso - Vereador presidente da Câmara Araraquara-SP (DEM)
● Saulo Pedroso de Souza - Vereador de Atibaia (PP)
● Sebastião Nascimento - Caçapava-SP (DEM)
● Tenente Santana - Vereador Araraquara-SP (PSDB)
● Xico Graziano - Deputado (PSDB)

POLÍTICOS A FAVOR DE LEIS PARA EXPLORAÇÃO/

CRUELDADE ANIMAL:

● Adelor Vieira - Deputado (PFL) - Apresentou projeto-lei pra derrubar a decisão do STF, regulamentando a Farra do Boi (inconstitucionalmente )
● Antonio Ebling - Deputado RS (PTB) - Pretendeu isentar das penalidades do artigo 32 as atividades culturais, recreativas e desportivas, segundo ele, como briga-de-galo, tiro-ao-pombo, etc.
● Fernando Gabeira - RJ (PV) - Votou a favor da "Lei Arouca" que oficializa experimentos científicos com animais.
● Gerson Bergher - ExVerador e Deputado RJ (PSDB) - Apoia retirada de animais dos mendigos e chama a carrocinha (detalhe: nunca fizeram nada para ajudar os mendigos)
● Gilberto Palmares - Verador RJ (PT) - Projeto-Lei 8555/98 que proíbe a criação e circulação de pit-bulls. Todos os pit-bulls seriam levados para acautelamento e lá permaneceriam até o fim da vida.
● Esperidião Amin - Ex-Governador de Santa Catarina (PP) - Viola decisão do Supremo Tribunal Federal, que proíbe a Farra do Boi
● Jaime Lerner - Ex-Governador PR (DEM) - Legalizou a caça no seu estado, sancionando o projeto de lei de número 12.603, apoiando os lobbistas fabricantes de armas na região Sul do Brasil.
● José Thomaz Nono - Deputado Federal Alagoas (PFL) - Autor do PL 4.548/98 que RETIRA proteção aos animais domésticos e domesticados, da Lei de crimes ambientais, para poder legalizar crueldade como rodeios.
● Leila Malwee (Leila do Flamengo) - RJ (DEM) - Perseguia e chamava carrocinha para os gatos do Parque do Flamengo. Elaborou o projeto de lei 1441/99 que determinava o extermínio dos pit-bulls e rotweillers e proibia que andassem na rua, mesmo na coleira.
● Moacir Micheletto - Deputado PR (PMDB) - Autor de projeto de Lei que atenta contra as reservas legais da Amazônia, que podem ser reduzidas de 80% para 50%,podendo chegar a apenas 20% na elaboração do zoneamento ecológico-econômico.
● Ricardo Tripoli - Deputado Federal SP (PSDB) - Votou a favor da "Lei Arouca" que oficializa experimentos científicos com animais. Possui projeto lei com objetivo de regulamentação do uso de animais. *Não confundir com Roberto Tripoli que é DEFENSOR de animais (PV)
● Roberto Pessoa - Deputado CE (PFL) - Projeto Lei 167/99 - Considera a vaquejada como prática desportiva formal.
● Roberto Freire - Senador PE (PPS) - Ficou famoso entre os defensores dos animais após ter a seguinte frase publicada: " Detesto cachorros. Por mim, exterminaria todos"
● Ronaldo Vasconcellos - Deputado MG (PFL) - Pretendeu liberar a caça amadora e de subsistência em todo o país.
● Sivuca - Deputado Estadual RJ (PSC)
● Victor Hugo Ribeiro Burko - Prefeito de Guarapuava-PR (PL) - Instituiu 1º Festival de Caça e Carnes Exóticas de Animais Silvestres de Guarapuava. Apoiou o projeto de lei que legalizou a caça no Paraná.

*Fonte: Comunidade Eu Odeio Rodeio.

segunda-feira, setembro 06, 2010

2010: Cristais quebrados *Carlos Vereza

2010: Cristais quebrados *Carlos Vereza

Não é necessário ser profeta para revelar antecipadamente o que será o ano eleitoral de 2010.

Ou existe alguém com tamanha ingenuidade para acreditar que o “fascismo galopante” que aparelhou o estado brasileiro vá, pacificamente, entregar a um outro presidente que não seja do esquema lulista os cargos, as benesses, os fundos de pensão, o nepotismo, enfim, a mais deslavada corrupção jamais vista no Brasil?

Lula já declarou, que (sic) “2010 vai pegar fogo!”. Entenda-se, por mais esta delicadeza gramatical, golpes abaixo da cintura: dossiês falsos, PCC “em rebelião”, MST convulsionando o país… que a lei de Godwin me perdoe - mas assistiremos em versão tupiniquim, a Kristallnacht, A Noite dos Cristais que marcou em 1938 o trágico início do nazismo na Alemanha.

E os “judeus” serão todos os democratas, os meios de comunicação não cooptados (verificar mais uma tentativa de cercear a liberdade de expressão no país: em texto aprovado pelo diretório nacional do PT, é proposto o controle público dos meios de comunicação e mecanismos de sanção à imprensa). Tudo isso para a perpetuação no poder de um partido que traiu um discurso de ética e moralidade ao longo de mais de 25 anos e, gradativamente, impõe ao país um assustador viés autoritário. Não se surpreendam: Há todo um lobby nacional e internacional visando a manutenção de Lula no poder.

Prêmios, como por exemplo, o Chatham House, em Londres, que contou com “patrocínios” de estatais como Petrobras, BNDS e Banco do Brasil, sem, até agora, uma explicação convincente por parte dos “patrocinadores”; matérias em revistas estrangeiras, enaltecendo o “mantenedor da estabilidade na América Latina”. Ou seja: a montagem virtual de um grande estadista…

Na verdade, Lula é o Übermensch dos especuladores que lucram como “nunca na história deste país”.

Sendo assim, quem, em perfeito juízo, pode supor que este ególatra passará, democraticamente, a faixa presidencial para, por exemplo, José Serra , ou mesmo Aécio Neves?

Pelo que já vimos de “inaugurações” de obras que sequer foram iniciadas, de desrespeito às leis eleitorais, do boicote às CPIs como a da Petrobras, do MST e tantos outros “deslizes”, temos o suficiente para imaginar o que será a “disputa” eleitoral em 2010.

E tem mais: o PT está comprando, com o nosso dinheiro, políticos, intelectuais, juízes, militares, o povo humilde com bolsa esmola e formando milícias com o MST, PCC, Sindicatos, ONGS, traficantes e outros, que recebem milhões e milhões de reais, para apoiar o PT e as falcatruas do Governo Lula.

Não podemos nem pensar em colocar como Presidente do Brasil uma mulher TERRORISTA, que passou a vida assaltando bancos, assassinando pessoas inocentes, arrombando casas, roubando e matando. Só uma pessoa internada num manicômio seria capaz de votar numa BANDIDA para ser a presidente de um País.

Confiram.
Carlos Vereza
Ator e ex-petista

sábado, setembro 04, 2010

Rodrigo Constantino - SERRA OU DILMA - A ESCOLHA DE SOFIA

"O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam.." - Arnold Toynbee

Como vocês sabem, a escolha de Sofia é a história de uma mãe judia no campo de concentração nazista de Auschwitz, que é forçada por um soldado alemão a escolher entre o filho e a filha - qual será executado e qual será poupado.
Se ela se recusasse a escolher, os dois seriam mortos. Ela escolhe o menino, que é mais forte e tem mais chances de sobreviver, porém nunca mais tem notícias dele.
A questão é tão terrível que o título se converteu em sinônimo de decisão quase impossível de ser tomada.

a seguir um artigo escrito em final de 2009 pelo economista Rodrigo Constantino. Autor de 5 livros. Escreve a coluna "Eu e Investimentos" do jornal Valor Econômico.
É também colunista do jornal O Globo. Membro-fundador do Instituto Millenium. Vencedor do prêmio Libertas em 2009, no XII Forum da Liberdade. Seu curriculum vai muito além, é extenso e respeitável. Segue seu artigo:
"Serra ou Dilma? A Escolha de Sofia"

Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam (Edmund Burke)
Agora praticamente é oficial: José Serra e Dilma Rousseff são as duas opções viáveis nas próximas eleições. Em quem votar? Esse é um artigo que eu não gostaria de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de fazê-lo.
Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer lado é melhor do que não assumir nenhum?
Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa postura idealista e de longo prazo não seja razoável. Será que não valeria a pena ter eliminado o Partido dos Trabalhadores Nacional - Socialista em 1933 na Alemanha, antes que Hitler pudesse chegar ao poder? Será que eliminar Hugo Chávez justificaria o meio deplorável de eleger um candidato horrível, mas menos louco e autoritário? São questões filosóficas complexas. Confesso ficar angustiado quando penso nisso.
Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro monopólio da esquerda na política nacional. PT e PSDB cada vez mais se parecem. Mas existem algumas diferenças importantes também. O PT tem mais ranço ideológico, mais sede pelo poder absoluto, mais disposição para adotar quaisquer meios os mais abjetos para tal meta. O PSDB tem mais limites éticos quanto a isso.
O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista. O PSDB não chega a tanto.
Além disso, há um fator relevante de curto prazo: o governo Lula aparelhou a máquina estatal toda, desde os três poderes, passando pelo Itamaraty, STF, Polícia Federal, as ONGs, as estatais, as agências reguladoras, tudo! O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, enfim, todos os comparsas do Foro de São Paulo. Se o avanço rumo ao socialismo não foi maior no Brasil, isso se deve aos freios institucionais, mais sólidos aqui, e não ao desejo do próprio governo. A simbiose entre Estado e governo na gestão Lula foi enorme. O estrago será duradouro. Mas quanto antes for abortado, melhor será: haverá menos sofrimento no processo de ajuste.

Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este aspecto fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre Serra e Dilma. Uma continuação da gestão petista através de Dilma é um tiro certo rumo ao pior.

Dilma é tão autoritária ou mais que Serra, com o agravante de ter sido uma terrorista na juventude comunista, lutando não contra a ditadura, mas sim por outra ainda pior, aquela existente em Cuba ainda hoje. Ela nunca se arrependeu de seu passado vergonhoso; pelo contrário, sente orgulho. Seu grupo Colina planejou diversos assaltos.
Como anular o voto sabendo que esta senhora poderá ser nossa próxima presidente?! Como virar a cara sabendo que isso pode significar passos mais acelerados em direção ao socialismo bolivariano?

Entendo que para os defensores da liberdade individual, escolher entre Dilma e Serra é como uma escolha de Sofia. Anular o voto, desta vez, pode significar o triunfo definitivo do mal. Em vez de soco na cara ou no estômago, podemos acabar com um tiro na nuca.

Dito isso, assumo que votarei em Serra, Meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa. Meu voto é contra o Lula, contra o Chávez, que já declarou abertamente apoio a Dilma. Meu voto não é a favor de Serra. E, no dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro ao governo Serra como sou hoje ao governo Lula. Mas, antes é preciso retirar a corja que está no poder.

Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de Brasília. Só o desaparelhamento de petistas do Estado já seria um ganho para a liberdade, ainda que momentâneo.

Respeito meus colegas liberais que discordam de mim e pretendem anular o voto. Mas espero ter sido convicente de que o momento pede um pacto temporário, como única chance de salvar o que resta da civilização - o que não é muito, mas é o que hoje devemos e podemos fazer!
REPASSEM SEM MODERAÇÃO
Obrigado. O Brasil precisa de você!

domingo, agosto 15, 2010

FOME DE MARINA

FOME DE MARINA
Por José Ribamar Bessa Freire*


Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, justificando: “Lula é analfabeto”. Por isso, o cantor baiano
aderiu à candidatura da senadora Marina Silva, que tem diploma
universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em
Marina para presidente, “porque ela tem cara de quem está com fome”.

Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.

Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros
truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores,
cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da
existência humana.

Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e
enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos
indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem
iletrados e subnutridos, estariam despreparados.

Caetano Veloso e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos.
Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas
famélicos e desescolarizados.

De um lado, reforçam a ideia burra e cartorial de que o saber só existe se
for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o
exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem
está com fome carece de qualidades para o exercício da representação
política.

A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos,
dessa vez pisou na bola. Feio.“Venenosa! Êh êh êh êh êh!/ Erva venenosa, êh
êh êh êh êh!/ É pior do que cobra cascavel/ O seu veneno é cruel…/ Deus do
céu!/ Como ela é maldosa!”.

Nenhum dos dois - nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse
Brasil profundo que os silvas representam.

A senadora Marina Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se
trata de um preconceito da roqueira, que só vê desnutrição ali onde nós
vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado
em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee
tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural,
cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?

O mapa da fome
A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu
sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto
ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que
nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre .

Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para
cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava.
Três de seus irmãos não aguentaram e acabaram aumentando o alto índice de
mortalidade infantil.

Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que,
mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha,
frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta
prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava
seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado
por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.

A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no
seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do
mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para
a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos
saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu
a ler e escrever.

Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de
História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada
doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.

Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas
Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no
movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no
Acre e depois ajudou a construir o PT.

Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco , quando devolveu o
dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais
vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois
senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores
rurais e os povos da floresta.

Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania
ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela
criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para
gerir as florestas e estimular o manejo florestal.

Combateu, através do Ibama, as atividades predatórias. Reduziu, em três
anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de
metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais,
desmonte de mais de 1,5 mil empresas ilegais e inibição de 37 mil
propriedades de grilagem.

Tudo vira bosta
Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que - na voz de Rita Lee - a
descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir
dos ovos, “o ovo frito, o caviar e o cozido/ a buchada e o cabrito/ o
cinzento e o colorido/ a ditadura e o oprimido/ o prometido e não cumprido/
e o programa do partido: tudo vira bosta”.

Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra
música - ‘Se Manca’ - dizendo a ela: “Nem sou Lacan/ pra te botar no divã/
e ouvir sua merda/ Se manca, neném!/ Gente mala a gente trata com desdém/
Se manca, neném/ Não vem se achando bacana/ você é babaca”.

Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice.
Numa de suas músicas - ‘Você vem’ - ela faz autocrítica antecipada,
confessando: “Não entendo de política/ Juro que o Brasil não é mais
chanchada/ Você vem… e faz piada”. Como ela é mutante, esperamos que faça
um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro,
cantando: “Desculpe o auê/ Eu não queria magoar você”.

A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a
ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, “ela tem
cara de professora de matemática e mete medo”. Ah, Rita Lee conseguiu o
milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa
imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus,
com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega
Nathércia Menezes, tão altaneira.

Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome.
Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos,
hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de
vampiro. Sobra quem?

Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos
ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde
por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana
bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite
voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, “il péte de
santé”.

O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de
quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil…

Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não
é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da
resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da
sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de
liderança em nosso país.

Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar
nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.


(*) José Ribamar Bessa Freire - Professor, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indígenas (UERJ) e pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO)

domingo, agosto 08, 2010

be happy

Hakuna Matata!
What a wonderful phrase

Pumbaa:
Hakuna Matata!
Ain't no passing craze

It means no worries
For the rest of your days
It's our problem-free philosophy
Hakuna Matata!

Why, when he was a young warthog...

Pumbaa: When I was a young wart hoooog!

Very nice.

Pumbaa: Thanks!

He found his aroma lacked a certain appeal
He could clear the savannah after every meal

Pumbaa:
I'm a sensitive soul, though I seem thick-skinned
And it hurt that my friends never stood downwind
And oh, the shame

(--He was ashamed!--)

Pumbaa: Thoughta changin' my name

(--Oh, what's in a name?--)

Pumbaa:
And I got downhearted
(--How did you feel?--)

Pumbaa: Ev'rytime that I...

Pumbaa! Not in front of the kids!

Pumbaa: Oh... sorry.

Hakuna Matata!
What a wonderful phrase
Hakuna Matata!
Ain't no passing craze

Simba:
It means no worries
For the rest of your days

Pumbaa: Yeah, sing it, kid!

It's our problem-free philosophy...
Hakuna Matata!

Hakuna matata
(::Repeats::)

Simba:
It means no worries
For the rest of your days.

It's our problem-free philosophy
Hakuna Matata
(::Repeats::)

terça-feira, agosto 03, 2010

Desmatadores ficam impunes na Amazônia

03/08/2010 - 01h15
Desmatadores ficam impunes na Amazônia

Francho Barón
Rio de Janeiro •
O novo código Florestal brasileiro pode ajudar o processo de desmatamento da floresta amazônica

O Brasil se prepara para conceder uma anistia geral aos responsáveis pelos desastres ecológicos cometidos em seu vasto território. E faz isso depois que uma comissão especial do Congresso aprovou por maioria arrasadora (13 votos contra 5) uma reforma do Código Florestal Brasileiro que regulamenta os níveis máximos de destruição. Os legisladores ruralistas, que defendem os interesses do setor agropecuário às vezes em detrimento do meio ambiente, são numerosos na Câmara e no Senado. E tudo indica que em breve sua conveniência se transformará em lei.

O novo código também reduz as margens preservadas dos rios e dá mais poder aos governos estaduais brasileiros para aplicar as normas ambientais. O conjunto não pode ser mais desolador para os setores ecologistas, que qualificam o novo código de "retrocesso histórico". Evidentemente, no olho do furacão se situa a Amazônia.

A equação é básica: os deputados ruralistas têm o controle do Congresso, já que não pertencem a nenhum partido em concreto: têm ampla presença em todas as formações, sejam de esquerda ou de direita. Fazendo uso dessa força, conseguiram aprovar em primeira instância a reforma do Código Florestal. As eleições presidenciais brasileiras se realizarão em 3 de outubro próximo, e o voto dos agricultores e pecuaristas vale seu peso em ouro no Brasil, onde o setor agropecuário é muito poderoso. Uma reforma legislativa que implique flexibilizar as normas ambientais em benefício da produtividade e que estabeleça uma anistia geral para os que atentaram contra o ecossistema é moeda de troca valiosa na hora de pedir votos.

"O cenário eleitoral é fundamental para entender o que está acontecendo. Neste momento não existem condições para abordar esse assunto com moderação. Nós pedimos que a votação seja adiada para depois das eleições. Eles [os ruralistas] queriam que fosse realizada antes. Por enquanto ganharam", explica a "El País" Paulo Adário, diretor do Greenpeace para a Amazônia. "Essa discussão não pode se realizar em período eleitoral. É nefasto para o meio ambiente que essa reforma tenha sido votada neste momento", acrescenta Paula Moreira, do Instituto de Pesquisa Ambiental do Amazonas (Ipam).

O texto aprovado na comissão especial vem do deputado Aldo Rebelo, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que defende a reforma florestal afirmando que "90% das propriedades são irregulares e portanto não conseguem estabelecer as áreas de reserva".

É verdade que um novo quadro legal é urgente, já que durante a última década a regulamentação das áreas protegidas brasileiras se desenvolve em uma espécie de limbo jurídico que deu lugar a vários desmandos. "Os ruralistas escolheram muito bem o momento e a pessoa [Aldo Rebelo], que deu um verniz ideológico a um discurso puramente econômico. É curioso observar como a esquerda consolida o discurso da direita", afirma Adário.

"No texto não há qualquer proposta de anistia", replica Rebelo em uma conversa telefônica com este jornal. "O que esta reforma faz é copiar um decreto do governo federal que já existe e que suspende as multas administrativas para que os proprietários possam regularizar sua situação", acrescenta. "Sim, é uma anistia de um ponto de vista técnico. Mas o mais grave é que do ponto de vista simbólico ou político esta reforma beneficia todos aqueles que desmataram ilegalmente até julho de 2008. E isso servirá de estímulo para novos desmatamentos", contrapõe André Lima, candidato a deputado pelo Partido Verde.

Rebelo não oculta que sua proposta também inclui motivações de caráter econômico: "Existem as questões ambientais e de produção rural. Mas também existe uma guerra comercial. ONGs financiadas pela Europa e os EUA apoiam os interesses da agricultura subvencionada em seus países. Evidentemente, esses interesses existem e eu, como legislador, defendo o meio ambiente, mas levando em conta os interesses da agricultura brasileira".

Segundo os cálculos do Greenpeace, a anistia que se pretende estender a todos os crimes contra a vegetação cometidos antes de 2008 (quando o governo brasileiro aprovou um quadro legal consolidado para regulamentar os crimes ambientais) representaria a anulação de uma dívida com o Estado no valor de R$ 8 bilhões. O Ministério do Meio Ambiente eleva essa cifra a R$ 10 bilhões de reais.

Isso quer dizer que as pessoas ou empresas que foram condenadas por desmatar ilegalmente ficariam impunes depois de regularizar a situação de suas propriedades em um prazo de cinco anos. Depois seus processos seriam arquivados definitivamente.

"Para nos entendermos: essas pessoas ganharam muito dinheiro com esses crimes e agora vão ganhar o dobro, já que vão economizar a multa. É uma tremenda injustiça para com os agricultores, que fazem enormes esforços para se adaptar e cumprir a legislação ambiental", afirma Moreira.

O novo Código Florestal também estabelece que em rios de menos de 5 metros de largura as margens de preservação florestal sejam reduzidas de 30 para 15 metros e até 7,5 metros se assim decidirem as autoridades estaduais. "Calculamos que 86 milhões de hectares de selva poderão ser desmatados legalmente se o texto for aprovado. É uma superfície que supera tudo o que já foi destruído na história da Amazônia", alerta Adário.

"É mais uma mentira do Greenpeace e de outras ONGs. Se conseguirem demonstrar que meu texto autoriza a desmatar um só hectare na Amazônia, renunciarei ao meu mandato de deputado", promete Rebelo.

O texto também deixa nas mãos dos estados brasileiros a possibilidade de flexibilizar a aplicação do novo código em função das características da região. "A lógica indica que os estados têm maior agilidade para aplicar a norma, mas também estão mais sujeitos às pressões dos lobbies e a casos de corrupção", alerta o responsável pelo Greenpeace.

Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Após dois anos negros, o mercado do diamante volta a brilhar

03/08/2010 - 00h47 Após dois anos negros, o mercado do diamante volta a brilhar

Marc Roche
Londres (Inglaterra)

Modelo mostra diamante azul de 5,16 quilates em leilão

Dois fulgores para deleite dos olhos. Expostos até dia 15 de agosto no Hôtel de Paris em Mônaco, o Constellation, com 102,79 quilates de pura brancura, e o Delaire Sunrise, com 118,08 quilates de um amarelo intenso, ilustram “o entusiasmo de nossos clientes pelos diamantes únicos e da mais alta qualidade”, segundo François Graff, diretor-geral da Graff Diamonds, empresa criadora dessas duas pedras excepcionais. Após o colapso desses dois últimos anos, o comércio de joias volta a cintilar...

Não existe uma cotação oficial do diamante, assim como não há duas pedras iguais. Além disso, desde que se tornou uma sociedade privada, o grupo sul-africano De Beers, principal produtor mundial, não publica mais seus preços de referência. No entanto, uma série de indicadores destaca que, após a depressão de 2008-2009, o famoso slogan publicitário da De Beers, “um diamante é para sempre”, anda bem atual.

Para começar, a De Beers anunciou em 23 de julho excelentes resultados no primeiro semestre de 2010: aumento nas vendas de 84%, dobro da produção, lucro líquido de US$ 255 milhões (R$ 446 milhões), ante US$ 3 milhões no período correspondente de 2009, e redução de metade da dívida.

Em seguida, o faturamento da venda de joias organizada em maio pela casa de leilões Sotheby’s, em Genebra, chegou a US$ 54 milhões (R$ 94,5 milhões), ante US$ 39 milhões durante a manifestação em 2009. “O mercado de joias e diamantes de qualidade superior está muito bom nesse momento. À recuperação das vendas nos Estados Unidos e na Europa se somou a demanda dos países emergentes que apreciam pedras e criações de prestígio”, afirma David Bennett, diretor de joias da Sotheby’s para a Europa e o Oriente Médio. Enquanto as compras dos ricos do Golfo aumentam, a China está prestes a ultrapassar os Estados Unidos como principal consumidora de joias e de pedras polidas. A Índia segue de perto a China, e a América do Sul se revela promissora.

Além disso, os bancos especializados em financiamento da indústria de diamantes estão voltando a emprestar às grandes cadeias de joalherias cujos estoques estão em baixa.

Outro fator positivo, as taxas de juros historicamente baixas favorecem os ativos tangíveis como as gemas. Nesse período de retomada da inflação, as joias de carbono puro constituem um bom investimento seguro. Apesar de o valor de um diamante ser mais volátil que o preço do ouro, ele não está sujeito às incertezas das “bolhas” especulativas. A transparência dos leilões online ou o aumento dos fundos de investimento especializados em diamante reduziram os obstáculos para o investimento em diamantes (dificuldade de venda e comissões exorbitantes).

A oferta, por sua vez, não acompanhou esse forte aumento da demanda. Os grandes grupos mineradores, como a anglo-australiana BHP Billiton, a russa Alrosa ou a De Beers, têm mantido sua política de austeridade e de redução drástica dos custos, em detrimento da atividade extrativa ou da exploração de novas jazidas.

Por fim, a autorização dada pelo Processo de Kimberly ao Zimbábue para vender uma certa quantidade de diamantes evita uma nova controvérsia sobre as “pedras de sangue”, prejudicial aos negócios.

No entanto, três fatores levam os profissionais a manterem a cautela. Para começar, a estabilidade do dólar, a moeda de referência, em relação ao euro ou ao iene, assim como a incerteza sobre a cotação do yuan, poderão limitar o aumento da demanda pelas pedras de tamanho e qualidade médios. Além disso, o clima econômico mundial continua frágil, especialmente nos mercados americano, japonês ou europeu. A degradação do clima social em certos países produtores poderá também incentivar suas sociedades mineradoras a aumentarem a produção.

Apesar dessas incertezas, a ode de Marylin Monroe, “Diamonds are a girl’s best friend” (“Os diamantes são os melhores amigos das mulheres”) no filme “Os Homens Preferem as Loiras”, está por toda parte. A ponto de o primeiro-ministro britânico David Cameron, durante sua recente visita à Índia, ter se sentido obrigado a relembrar a recusa do Reino Unido em devolver o lendário Koh-i-Noor, que decora a coroa real exposta na Torre de Londres.


Tradução: Lana Lim

segunda-feira, julho 26, 2010

ïndios querem criar Estado independente em Roraima, diz ABIN

Índios querem criar Estado independente em Roraima, diz Abin
Relatório à Presidência diz que conselho indígena quer formar "cinturão" de reservas

MATHEUS LEITÃO
LEONARDO SOUZA
DE BRASÍLIA

Um relatório da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) revela preocupação com a criação de um Estado indígena independente em Roraima, "com apoio de governos estrangeiros e ONGs".
O documento, ao qual a Folha teve acesso, foi enviado pelo serviço secreto para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência em 2010. O texto diz que índios de RR teriam o desejo de "autonomia política, administrativa e judiciária".
Em nota, o GSI afirmou que "não se pronuncia sobre atividades de inteligência".
O relatório diz que o CIR (Conselho Indígena de Roraima) "passou a defender abertamente a ampliação e demarcação de outras terras indígenas" após o julgamento da reserva Raposa/Serra do Sol pelo STF em 2008.
A preocupação da Abin é que o CIR forme "um cinturão de reservas indígenas". Segundo a Funai, as 32 terras indígenas de Roraima ocupam 46% da área do Estado.

MILÍCIAS ARMADAS
Apesar das rivalidades entre as nove etnias indígenas de RR -o que dificulta a criação de um Estado independente- a Abin acredita na existência de milícias armadas. "Revólveres e espingardas foram encontrados e teriam sido contrabandeadas da Venezuela e da Guiana."
A Abin diz ainda que a advogada licenciada do CIR, Joênia Batista de Carvalho, confidenciou um desejo dos índios junto ao Congresso: a transformação da Raposa/ Serra do Sol no primeiro território autônomo indígena.
A advogada nega e diz que "é absurda a intenção da Abin em procurar o afastamento geral da sociedade contra os índios".
A agência também se mostra preocupada com a ratificação do Brasil à Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, assinada em 2007 na ONU. Para a Abin, se confirmado pelo Congresso, torna ineficaz "as restrições elaboradas pelo STF ao usufruto da terra pelos índios".
As ressalvas impostas pela corte são o marco constitucional para terras indígenas e em futuras demarcações. Elas dão usufruto das terras para os índios, mas as mantêm sob as rédeas da União.
"Nós já fizemos a nossa parte. Que o governo seja digno ao fazer a parte dele", afirma o ministro Ayres Britto, relator do processo.

OUTRO LADO
Por e-mail, o CIR informou que "nunca propugnou a criação de uma nação independente" e"sempre atuou no sentido de promover a cidadania plena dos povos indígenas como membros do Estado brasileiro", ajudando "na inclusão de nossos povos como determina a Constituição Federal".


RESPOSTA DE EDUARDO ALMEIDA:
O entulho da Ditadura vive, às vésperas de um
provável terceiro mandato da coligação de
centro-esquerda. Inacreditável. A ABIN é um
serviço do Estado Democrático ou um partido
político-ideológico? O que é conceito e o que
é preconceito no alegado documento da ABIN?
Vamos ver que força tem Lula diante desse fato.
abç
Eduardo

terça-feira, julho 06, 2010

ONGs promovem abaixo assinado em prol dos animais

A primeira delegacia de proteção animal do estado de São Paulo surgiu em Campinas e agora é a vez da capital ter uma unidade policial especializada em fazer cumprir as leis existentes em favor dos animais. A iniciativa é do Clube dos Vira-latas e já conta com o apoio do deputado Celso Giglio que encaminhou um pedido oficial ao Governador. Até o dia 30/julho de 2010 a ONG espera registrar 50 mil assinaturas e entregar em mãos ao governador do estado de São Paulo em exercício Alberto Goldman, que está substituindo José Serra por conta da candidatura do mesmo à presidência da república. Acesse e assine: www.cao.com.br

Entendimento entre PSDB e DEM fracassa no Pará

Painel

RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br

Vale este
Diante do barulho causado pelo programa de governo de Dilma Rousseff entregue ontem ao TSE, no qual se destacam itens como a taxação de fortunas e o "controle social" dos meios de comunicação, o comando da campanha não apenas trocou o texto por uma versão atenuada, já perto do horário-limite, como atribuiu a um erro da "área jurídica" a apresentação do primeiro documento, debatido em fevereiro na pré-convenção do PT. Sobre a ausência de contribuições dos aliados, notadamente o PMDB, o QG dilmista alega que os demais partidos foram estimulados a registrar seus próprios programas, para futura junção. A sigla de Michel Temer nada entregou.


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Não... Do presidente do PT, José Eduardo Dutra, quando o partido aprovou o documento na pré-convenção: "Vou falar pela milésima vez: essas são apenas diretrizes, que serão submetidas à candidata, à sociedade e aos partidos aliados".

...e não De Michel Temer, presidente do PMDB e vice de Dilma, na época: "Não vamos nem aceitar prato feito nem brigar. Você só faz coalizão eleitoral dialogando com programas de governo".

De verdade A Rede Globo acredita que será possível realizar seu debate, o último antes do primeiro turno, apenas com Dilma, Serra e Marina -os três candidatos com votação expressiva. Quanto maior o número de participantes, menor a eficiência desse tipo de evento.

Armistício Ontem, depois de participarem de reunião sobre o debate na sede da Globo, no Rio, os marqueteiros de Dilma, João Santana, e de Serra, Luiz Gonzalez, "racharam" um táxi até o aeroporto Santos Dumont.

Língua do P De Dutra, tranquilizando seguidores no Twitter após sofrer uma crise de hipertensão: "Calma pessoal! Foi só um "piriPAC'". Resposta do ministro Alexandre Padilha: "Cuide-se. Meu secretário-executivo ficou tão preocupado que teve um "piriPAC2'".

Em resumo De um veterano observador de campanhas presidenciais: "A situação está mais difícil para Serra do que o PSDB calculava há alguns meses e menos fácil para Dilma do que o PT imaginava semanas atrás".

Melou 1 Apesar dos esforços de última hora das cúpulas dos dois partidos, fracassou a tentativa de entendimento no Pará entre DEM e PSDB, aliados no plano nacional. O tucano Simão Jatene registrou a chapa ao governo com o correligionário Flexa Ribeiro como candidato único ao Senado. Valéria Pires Franco (DEM) sobrou.

Melou 2 A direção do DEM vê na atitude do PSDB local uma tentativa de atrair, no segundo turno, o apoio de Jader Barbalho -daí Jatene ter preferido lançar apenas um nome ao Senado, para o qual o peemedebista tentará se eleger. O problema é que a governadora Ana Júlia (PT), candidata a novo mandato, espera o mesmo de Jader.

Despejo O governo de São Paulo entrou em atrito com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) ao enviar uma carta dando 60 dias de prazo para a entidade deixar sua sede, no Parque da Água Branca, que será transformada em biblioteca temática de agricultura.

Parada O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), organiza uma manifestação, no próximo dia 13, nos moldes do protesto liderado pelo colega Sérgio Cabral (PMDB) no Rio de Janeiro, contra a divisão dos royalties do pré-sal. O presidente Lula visitará o Estado dois dias depois para inaugurar uma plataforma.

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com SILVIO NAVARRO e LETÍCIA SANDER

Tiroteio

"Na pressa de registrar a candidatura, eles devem ter entregue o caderno errado."
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DO DEPUTADO EDUARDO CUNHA (PMDB-RJ), sobre o fato de o programa de governo de Dilma, apresentado ontem ao TSE, não contemplar uma única linha do tão comentado documento com propostas elaborado pelo aliado PMDB.
Contraponto

Imelda Marco Antônio

Políticos e autoridades de São Paulo se revezavam ontem ao microfone durante a abertura da Francal, maior feira de calçados do país, no Anhembi. Quando chegou a vez de a vice-prefeita, Alda Marco Antônio, discursar, a peemedebista não escondeu a euforia:
-Eu sou a única mulher neste palco, e estou muito feliz, porque toda mulher gostaria de ter cem pares de sapatos no armário!
A plateia riu, e ela ainda teve tempo de emendar:
-As que não têm certamente estão lutando por isso!

quarta-feira, junho 09, 2010

Matar a natureza é matar o lucro

Pinkaiti@yahoogrupos.com.br



revista veja
Enviado por: "Danilo Pretti Di Giorgi"
Ter, 8 de Jun de 2010 11:54 am



Tem novidade aí, em especial por se tratar da revista veja

abs

danilo

http://veja.abril.com.br/090610/matar-natureza-matar-lucro-p-148.shtml

Ambiente
Matar a natureza é matar o lucro
As empresas descobrem que a biodiversidade significa dinheiro
em caixa e que a saúde do negócio está vinculada à saúde do planeta

Gabriela Carelli

Até pouco tempo atrás, as empresas costumavam atrelar seu nome às causas verdes principalmente como estratégia de marketing. À medida que o mundo tomava consciência das questões ambientais, em especial a degradação dos recursos naturais, demonstrar preocupação com o planeta era uma forma de lustrar a imagem da companhia e atrair os consumidores para suas marcas. Essa relação entre o mundo dos negócios e a natureza avançou dramaticamente. Se antes as empresas patrocinavam o reflorestamento de uma área ou reciclavam seu lixo, colocavam a conta na lista de despesas, sem esperar retorno financeiro. Hoje, os custos de ações como essas vão para a lista de investimentos, já que podem significar lucros e crescimento nos negócios. Conglomerados como a General Electric, o Walmart e a IBM mantêm projetos de ecoeficiência e de preservação do ambiente porque os consideram estratégicos para a própria sobrevivência. O que mudou? Para entender o fenômeno, tome-se como exemplo a Coca-Cola, uma das marcas mais valiosas do mundo.

Há dez anos, quando anunciou uma série de investimentos inéditos em projetos ambientais, a Coca-Cola não estava preocupada com o derretimento das geleiras do Ártico nem queria salvar os ursos-polares ameaçados de extinção. Diante de estudos que apontavam para a crescente escassez de água doce no planeta, a empresa se convenceu de que ignorar o problema poderia ser perigoso para o futuro de seu negócio. A água é a principal matéria-prima para a fabricação dos mais de 3 000 produtos da marca. A companhia injetou bilhões de dólares na criação de métodos e programas de reutilização e tratamento de água em suas fábricas, em mais de 200 países. Os resultados começaram a aparecer recentemente. Em cada uma das 43 unidades brasileiras, gastavam-se 5,5 litros de água para produzir 1 litro de refrigerante. Hoje esse gasto é de 2,04 litros. A redução representa uma economia de 500 000 reais ao ano, por fábrica. "Com a população mundial perto dos 9 bilhões e a água cada vez mais escassa, não tínhamos outro caminho a seguir", afirmou recentemente o presidente mundial da Coca-Cola, Muhtar Kent, em entrevista à revista Forbes.
"O aquecimento global, a escassez de água, a extinção das espécies e o despejo de produtos tóxicos afetaram profundamente o funcionamento da sociedade e também o das empresas", disse a VEJA o economista Andrew Winston, da Universidade Princeton, consultor de grandes companhias para questões ambientais. "Pela primeira vez na história, os empresários deparam com limites de crescimento reais impostos por questões relacionadas à natureza", ele completa. O mundo dos negócios e o mundo natural estão inextricavelmente ligados. Todo produto que chega ao consumidor, seja um carro, um tênis ou uma xícara de café, tem origem na extração ou colheita de bens da natureza. Esses bens, a água, as terras cultiváveis, as florestas, são finitos. Justamente nesse ponto reside o maior desafio para as empresas. Desde a Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, o modelo econômico mundial privilegiou a produção em detrimento da preservação dos recursos naturais. Essa conta está sendo cobrada agora – e é bem cara.
A destruição da biodiversidade nunca foi tão intensa. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas divulgado no mês passado, mais de 60% de todos os ecossistemas do planeta estão ameaçados. Desse total, 35% são mangues e 40% florestas. Hoje, a demanda por recursos naturais excede em 35% a capacidade da Terra. Se a escalada dessa demanda continuar no ritmo atual, em 2030 serão necessárias duas Terras para satisfazê-la. Entre 2000 e 2005, a devastação das florestas na América do Sul foi de 4,3 milhões de hectares, 3,5 milhões deles no Brasil. De acordo com a ONU, só o desmatamento e a degradação de áreas de mangue causam um prejuízo anual de 2,5 a 4,5 trilhões de dólares à economia global. Equivale a jogar no lixo um valor próximo ao PIB do Japão, o segundo maior do mundo.
Nesta semana, em Busan, na Coreia do Sul, representantes de um conjunto de países estarão reunidos para discutir a criação de um grupo destinado a estudar as consequências das alterações na biodiversidade do planeta. Será um organismo semelhante ao IPCC, da ONU, que estuda as mudanças climáticas e seus efeitos. O material de trabalho do grupo a ser formado é o relatório "Aspectos econômicos dos ecossistemas e da biodiversidade", elaborado por treze países, entre desenvolvidos e emergentes, cuja última parte será divulgada em outubro. Estima-se que ele terá o mesmo impacto do estudo sobre as mudanças climáticas divulgado em 2006 pelo economista inglês Nicholas Stern, que norteou boa parte das pesquisas sobre o tema a partir de então. A criação da nova equipe se justifica porque os problemas na biodiversidade, em grande parte, ocorrem em pontos específicos do planeta, enquanto a questão do clima tem alcance global.
Calcular, em dinheiro, o prejuízo da destruição dos recursos naturais não é tarefa fácil. Primeiro, é preciso atribuir um valor monetário a toda a biodiversidade da Terra. O economista Robert Costanza, da Universidade de Vermont, foi o primeiro a fazê-lo. Em 1997, ele concluiu que a biodiversidade do planeta valia 33 trilhões de dólares. São 45 trilhões de dólares, em valores atuais. Para chegar a essa quantia, estimou-se quanto custariam os serviços prestados gratuitamente pela natureza ao homem, como a água limpa, o solo fértil para plantio de alimentos, a purificação do ar pelas florestas, a polinização e outros recursos naturais. Foram avaliadas dezessete categorias, que ganharam o nome de serviços ambientais. "A conta é complicada e pode implicar erros pontuais, mas até agora é a única maneira eficiente que os ambientalistas e economistas encontraram de mostrar para a sociedade e para as empresas quanto está sendo desperdiçado", diz Ernesto Cavasin, especialista em sustentabilidade, da consultoria PricewaterhouseCoopers.
A criação de índices de sustentabilidade nas principais bolsas de valores do mundo reflete a valorização das companhias verdes. Quando o mercado de capitais, centro financiador do desenvolvimento econômico, cria um índice, dá um recado explícito às empresas do que ele procura. Nesse caso, o mercado deixou claro que a agenda socioambiental não pode ser ignorada pelas empresas que querem prosperar. Na Bolsa de Valores de São Paulo, o índice de sustentabilidade (ISE), criado há cinco anos, mostra resultados melhores do que o índice tradicional. No ano passado, as ações medidas pelo índice Ibovespa subiram 18,5%, enquanto as medidas pelo ISE da Bovespa aumentaram 24,7%. Atualmente, 34 empresas integram essa carteira de ações. "O mundo financeiro se move de acordo com a sua percepção de risco. Aos olhos dos investidores, a falta de preocupação ambiental de uma companhia denota falta de zelo com o próprio patrimônio", explica Sônia Favaretto, diretora de sustentabilidade da BM&FBovespa.
Há quinze anos, a Sadia começou a ter problemas com as fazendas que lhe fornecem os porcos para a produção de alimentos industrializados. Os ambientalistas queixavam-se de que o dejeto dos animais, rico em metano, um dos principais gases do efeito estufa, era descartado no ambiente sem controle algum. As reclamações trouxeram muitas dores de cabeça para a Sadia, mas a companhia conseguiu tirar vantagem da situação. Primeiro, desenvolveu uma técnica para transformar os dejetos em adubo e depois em energia elétrica. O metano, quando queimado, tem o seu impacto na atmosfera reduzido em 21 vezes. Com 1 086 suinocultores parceiros do projeto, a Sadia pretende, agora, lucrar com a iniciativa com a venda de créditos de carbono.
Um marco na adesão das empresas à economia verde se deu em 2005, quando a General Electric e o Walmart, duas das maiores empresas do mundo, começaram a reformulação em seus negócios. A GE lançou uma linha batizada de Ecomagination, inicialmente com dezessete produtos. Eles aliavam um menor custo de produção a um menor impacto no ambiente. Hoje, a linha conta com oitenta produtos, que vão de lâmpadas fluorescentes a motores de trem que emitem menos CO2 e consomem menos água. Em 2008, a empresa lucrou, só com a linha verde, 17 bilhões de dólares, 21% a mais do que no ano anterior. Com o lema "Aqui preservar é um bom negócio", o Walmart começou uma transformação no modelo tradicional de varejo. Dizendo-se preocupado com o futuro do planeta, o então presidente mundial da rede, Lee Scott, anunciou que a empresa deveria, a longo prazo, utilizar em suas lojas 100% de energia renovável, reduzir a zero a produção de lixo em sua operação e vender apenas produtos que não ameaçassem a natureza. Desde então, a maioria das lojas do Walmart conseguiu economizar 25% de energia. No Brasil, 140 das 388 lojas encaminham seus resíduos para reciclagem. Eles são transformados em ração para animais ou adubo.
Os caminhos até uma economia verde e sustentável começaram a ser traçados na década de 70, quando os efeitos danosos da industrialização no ambiente se tornaram mais visíveis. Em 1987, a expressão desenvolvimento sustentável foi definida no relatório "Nosso futuro comum", também conhecido como Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU. Surgia a ideia de que o desenvolvimento não deveria implicar riscos à natureza a ponto de prejudicar as gerações futuras. No decorrer da década de 90, com as discussões em torno do aquecimento global, a sociedade começou a pressionar as instituições financeiras para boicotar grandes poluidores. Surgiu assim, em 2002, o tratado Princípios do Equador, a primeira intervenção real do setor econômico na questão da preservação da natureza. No acordo, dez dos maiores bancos do mundo se comprometeram a não emprestar dinheiro a empresas que desprezassem as preocupações com o ambiente em suas atividades. Era questão de tempo para que, ao longo da década, as empresas de todos os ramos de atividade descobrissem que destruir a natureza é reduzir seus próprios lucros.

Varejo sem desperdício

Claudio Gatti

No ano passado, a rede de supermercados Pão de Açúcar investiu 60 milhões de reais em iniciativas sustentáveis. As mais vistosas são as sete lojas verdes (acima) espalhadas pelo país. Elas são equipadas com lâmpadas de LED, mais econômicas. Os tetos têm um revestimento especial para manter a temperatura estável no ambiente, reduzindo o consumo de eletricidade com ar condicionado. Já os carrinhos dessas lojas são feitos de garrafas PET recicladas. Juntas, as unidades proporcionam ao grupo uma economia de 140 000 reais por mês

O executivo mais verde do mundo

Fotos Delfim Martins/Pulsar e Miriam Fichtner

Jeffrey Immelt, que em 2001 assumiu a presidência mundial da General Electric no lugar do lendário Jack Welch, está à frente da maior reformulação da história da companhia. Ele é o idealizador do selo verde Ecomagination, que hoje conta com oitenta produtos. Eles vão de lâmpadas fluorescentes a turbinas (acima) que emitem menos gases do efeito estufa

Com reportagem de Alexandre Salvador, Carolina Melo e Carolina Romanini
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quinta-feira, abril 29, 2010

Rodolfo Salm fala sobre Belo Monte pro Fantastico

Especialista diz que destruição da Bacia do Xingu terá consequências no planeta
Do campus da Universidade Federal do Pará, saíram especialistas que fizeram um relatório apontando falhas no projeto.



No último domingo (25), a repórter Sônia Bridi mostrou o que está em discussão no projeto da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A obra tem defensores entre quem espera pelos empregos gerados por ela e é criticada por índios e cientistas, por causa do impacto ambiental.
Na região da volta grande do Xingu, a gente precisa recalibrar nosso senso de espaço. Tudo é grande. É imensa a transamazônica - enorme o trecho sem asfalto, 800 quilômetros. A cidade de Altamira, a maior da região fica no maior município do mundo.

FOTOS: Veja os bastidores das gravações na região do Xingu

“Essa micro-região nossa, que é de 258 mil quilômetros quadrados, maior do que o estado de São Paulo, tem problemas grandiosos. Nós temos 250 policiais pra tomar conta de uma área desse tamanho”, comenta Valdir Soares, movimento Fort Xingu.

Altamira tem um campus da Universidade Federal do Pará, com professores doutores, muitos formados no exterior. De lá saíram alguns especialistas que fizeram um relatório apontando falhas no projeto da usina, que segundo eles vai destruir boa parte da Floresta Amazônica.

“Para quem mora na cidade de Altamira, a própria subida do lençol freático, o barramento do rio seria uma grande tragédia. Porque a gente teria problemas com a rede de esgotos, que é inexistente. A cidade ficaria cercada pela rede de esgoto e teria a multiplicação de pragas. Então para quem vive localmente isso seria uma desgraça. Em uma escala maior, o mais grave é a destruição da Bacia do Xingu, que emitira uma quantidade de gás carbônico absurda, o que traz consequências graves pro mundo inteiro”, conta Rodolfo Salm, PHD em Ciências Ambientais.

No Fantástico, o responsável pelo projeto tranquilizou a população da volta grande do Xingu, mas a discussão continua. O resultado dela diz respeito, principalmente, a quem mal entrou nessa conversa.

terça-feira, abril 27, 2010

macaco simao - lula e dilma; como treinar seu dragao!

JOSÉ SIMÃO

Buemba! Dilma leva um Tiro Gomes!

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Lula quer mudar o desempenho da Dilma na TV; é o filme "Como Treinar Seu Dragão"
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BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E olha a foto que recebi hoje: NEYMAR Transporte Escolar! Deve ser para levar os meninos da Vila! E esta direto de Portugal: "Procura-se cadela com chip". E outra: "Procura-se "pincher" cor marron que atende pelo nome de Fifi. PORÉM É SURDA!". Rarará!
Lula chama Dilma e quer mudar seu desempenho na TV. Então é aquele filme "Como Treinar Seu Dragão"! Lula e Dilma em "Como Treinar Seu DragNão". Em 3D!
Padrefolia Urgente! O coroinha se confessando: "Padre, eu transei com um padre. O que eu mereço?". "Um lanche e um refrigerante." "Igreja quer que Susan Boyle cante para o papa." The Mamas and the Papas! E a Susan Boyle vai cantar o quê? "Eu sei que eu sou bonita e gostosa." E um amigo me disse que, se ficasse sozinho numa ilha deserta com a Susan Boyle, namoraria o coqueiro.
E o Ciro Gomes? Dois apelidos pro Ciro Gomes: NERVOCIRO E TIRO GOMES! E esse é o discurso do Ciro: "@#&*ZHPANG%#&*"! E o NervoCiro tem duas propostas de governo: "Eu proponho que você vá pro inferno" e "eu proponho dar um cacete bem no meio da sua ideia"! Diz que ele é destemperado com sal grosso!
E aquela foto do Serra Vampiro beijando o pescoço do Aécio? É que ele cansou de sugar paulista, agora quer sugar mineiro para variar. Rarará! Pescoço à pururuca. E me perguntaram uma coisa intrigante: "O Aécio só tem avô? Não tem mais parente nenhum?!".
O cúmulo da burrice: uma mulher, num restaurante, rodeada de milionários, paquerar o garçom! E esta: "Coreia do Norte alega barbeiragem e proíbe mulher de dirigir". Só na Coreia do Norte? Por enquanto! Até chegar à marginal vai demorar. E mais esta: "Menina de três anos acorda do coma cantando Abba".
Então ela não acordou, foi possuída. Ou então era o Ricky Martin. Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou, como disse aquele outro: é mole, mas chacoalha para ver o que acontece! Antitucanês Reloaded, a Missão.
Continuo com a minha heroica e mesopotâmica campanha Morte ao Tucanês. É que em João Pessoa, na Paraíba, tem um supermercado chamado O Supremo Pinto. Ueba! Parece Dias Gomes. Mais direto impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
E atenção. Cartilha do Lula. O Orélio do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. "Frigideira": congresso de companheiras frígidas. Rarará! O lulês é mais fácil que o ingrêis. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

simao@uol.com.br

apagão? Lula apelando a argumento totalmente improcedente

Ser contra Belo Monte é querer apagão, afirma Lula
Presidente cita mudança climática para defender usina

SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou o governo do antecessor Fernando Henrique Cardoso de "incompetente" por causa do apagão que ocorreu em 2001. Segundo Lula, os que não concordam com a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, leiloada na semana passada, querem que o Brasil mantenha uma indústria do apagão.
"Tem aqueles que esperam que haja sempre uma desgraça no país para eles poderem encontrar um culpado. Nós temos aí uma indústria do apagão, pessoas que não querem que a gente construa a energia necessária porque querem que tenha um apagão para poder justificar o apagão de 2001. O apagão de 2001 foi incompetência e nós não vamos ter atos de incompetência", afirmou Lula em seu programa semanal de rádio, "Café com o Presidente".
Ele afirmou que seu governo estudou por cinco anos todos os impactos que a construção da usina terá e que não prejudicará nenhuma comunidade que vive na região.
Lula usou a questão climática e o preço da energia elétrica para justificar a obra. "Temos um potencial hídrico de praticamente 260 mil megawatts. Se o Brasil deixar de produzir isso para começar a utilizar termelétrica a óleo diesel, será um movimento insano contra toda a luta que nós estamos fazendo no mundo pela questão climática."

Financiamento
No Paraná, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), Luciano Coutinho, afirmou que a instituição irá financiar a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, com "uma parcela expressiva" de créditos para obras de infraestrutura.



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Colaborou DIMITRI DO VALLE , da Agência Folha, em

segunda-feira, abril 26, 2010

até que enfim Marina se pronuncia sobre BM

MARINA SILVA

Represa de erros
ESTÃO MAIS do que evidentes a complexidade e os riscos envolvidos na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no Pará.
Erros há 20 anos represados, sobram dúvidas e incertezas sobre a viabilidade econômica e a extensão dos impactos socioambientais do empreendimento.
Apesar de todas as manifestações em contrário, o governo se mantém indiferente. Fez-se o leilão semana passada e anunciou-se um vencedor, apesar da insegurança jurídica do processo e a fragilidade dos arranjos societários de última hora. Vê-se o direcionamento de todos os instrumentos de políticas públicas para viabilizar um projeto estrategicamente ruim, caro e de altíssimo risco socioambiental.
Enquanto isso, pouco se faz para reduzir perdas da ordem de 15% em energia no país, o equivalente a três vezes a capacidade média de Belo Monte. E o processo em curso aponta mais desperdício: Belo Monte terá uma produção energética efetiva bem menor do que sua capacidade total -4.428 MW, em função do regime hídrico do rio e da configuração do projeto, e não os 11.223 MW anunciados.
Surpreendem também as condições à disposição dos interessados em comercializar a energia gerada pelo rio Xingu. Tem-se R$ 13,5 bilhões em crédito subsidiado pelo BNDES, com prazo de 30 anos para pagamento, a juros de 4% ao ano.
Isenção de impostos sobre os lucros, o comprometimento do capital de empresas estatais e de fundos de pensão e, de quebra, o absurdo comprometimento de licenciamento ambiental com prazo preestabelecido para a obra começar já em setembro.
Mesmo assim, as duas empresas privadas que melhor conheciam o projeto não participaram do leilão.
Preferem a posição de contratadas aos de investidoras, enquanto outras, vitoriosas, ameaçam desistir dos benefícios aparentemente irrecusáveis. Imaginem se todas essas condições excepcionais fossem para melhorias da eficiência do sistema elétrico e para redução da demanda por energia?
A política energética em curso é manca: apoia-se apenas no aumento da oferta sem investir na diversificação, na conservação e na gestão do mercado. Temos um sistema com elevadas perdas por desvio, manutenção precária e pouco incentivo para o uso de técnicas construtivas de maior eficiência energética.
Definitivamente precisamos expandir a oferta de energia, mas não necessitamos, para isso, manter a cultura do desperdício e comprometer o patrimônio ambiental e os recursos do país, quando temos alternativas de geração.

contato marinasilva@uol.com.br

sexta-feira, abril 23, 2010

Sexta, 23 de abril de 2010, 08h04 A índia Tuíra tem razão

Sexta, 23 de abril de 2010, 08h04 A índia Tuíra tem razãoFabio Feldmann
De São Paulo




Manifestantes do Greenpeace fazem protesto pacífico em frente à sede da Aneel, em Brasília. Os ativistas descarregaram um caminhão de esterco no local, como forma de protesto contra o leilão da Hidrelétrica de Belo Monte. (Foto: Agência Brasil)


Essa semana é impossível não comentar o leilão sobre a hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará.

Acompanho o assunto há mais de 20 anos e estava na reunião em Altamira, quando a índia Tuíra se manifestou dramaticamente sobre o assunto, dirigindo-se à mesa da qual eu fazia parte, e passou um facão no rosto do atual presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz Lopes. Na época, Belo Monte se chamava Kararaô, que na língua dos índios Kayapós representa um grito de guerra.

De lá para cá, o projeto foi modificado em termos da área a ser inundada, com adoção de novas tecnologias, mas não tenho dúvida de que o mesmo ainda terá grande impacto na região, na maior parte irreversível, afetando as populações que ali vivem, especialmente as comunidades de ribeirinhos e indígenas, que têm se manifestado contra o projeto, a exemplo do documento publicado no jornal Valor Econômico, no dia 21 de abril de 2010, "Nós indígenas do Xingu, não queremos Belo Monte".

O grande argumento a favor de Belo Monte seria a produção de energia para assegurar o crescimento econômico do país nos próximos anos, como se estivéssemos diante de uma situação de vida e morte em relação a esse último. Nos debates havidos pela imprensa, o governo, através de seus representantes, insiste nessa tecla, desqualificando a posição daqueles que questionam o empreendimento, chegando mesmo a argumentar que "interesses estrangeiros" conspiram contra o crescimento do Brasil, por medo da concorrência de nossos bens de exportação. A Advocacia Geral da União, através de seu advogado geral, Luís Inácio Adams, ameaça promover processos contra os autores de ações judiciais que questionam no Poder Judiciário o empreendimento.

Estranho tudo isso. Se estivéssemos vivendo os tempos sombrios do regime autoritário, não haveria o que por ou tirar do figurino das autoridades governamentais. O mesmo discurso, do Brasil grande, do Brasil potência, e a mesma ladainha dos interesses estrangeiros e da "conspiração" contra o nosso crescimento. Que se dane os impactos socioambientais porque o Brasil precisa crescer.

Pessoalmente, entendo a necessidade de aumento da oferta de energia para o Brasil, bem como uma opção de hidroeletricidade ao invés de térmicas, que geram gases efeito estufa contribuindo para o aquecimento global. Até aí nada de novo. Todos acreditamos que o país precisará de novas fontes de energia e também melhor administrar a demanda. Entretanto, essas premissas não autorizam a construção de Belo Monte. O projeto está sendo implantado no final de um governo, com enorme participação de investimento do contribuinte, através da Eletrobrás e do BNDES, com custos questionáveis.

Muitos daqueles que são a favor de empreendimentos dessa natureza questionam o preço do megawatt (MW) a ser gerado em Belo Monte e da sua capacidade de geração: calcula-se que a usina gerará apenas 40% da capacidade instalada de 11.200 MW. Ou seja, Belo Monte corre o risco de se tornar uma nova Balbina, usina símbolo de mau planejamento energético do Brasil.

Enfim, por que empurrar goela abaixo da sociedade um projeto tão polêmico e com tanta controvérsia?

O processo de licenciamento não atendeu requisitos de transparência, pesando sobre o mesmo suspeita de açodamento por se tratar de iniciativa prioritária para o governo Lula. Os próprios ganhadores do leilão ameaçam desistir exatamente pelas incertezas que pesam sobre o empreendimento, ou seja, diante de tantos riscos.

Como tenho dito diversas vezes nessa coluna, Belo Monte significa o Brasil atrasado e o desenvolvimento do século XX. Da mesma maneira, revogar as conquistas do Código Florestal e implantar um Porto em Ilhéus, mais precisamente na Área de Preservação Ambiental da Lagoa Encantada, para exportação de minério de ferro, também são símbolos desse mesmo desenvolvimento atrasado.

Empreendimentos dessa envergadura e com impactos tão grandes sobre o Xingu deveriam ser postergados até que pudéssemos esgotar definitivamente todas as outras alternativas menos impactantes e polêmicas. Caso isso não ocorra, quem pagará a conta será o contribuinte brasileiro e as futuras gerações.



Fabio Feldmann é consultor, advogado, administrador de empresas, secretário executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade e fundador da Fundação SOS Mata Atlântica. Foi deputado federal, secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Dirige um escritório de consultoria, que trabalha com questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável.



Fale com Fabio Feldmann: fabiofeldmann08@terra.com.br

quinta-feira, abril 22, 2010

Execução de Belo Monte preocupa governo

Execução de Belo Monte preocupa governo
Incerteza gira em torno da formação final do grupo vencedor e da maneira como projeto será viabilizado com perspectiva de lucro menor

Planalto esperava que grupo mais forte, encabeçado pela Andrade Gutierrez, ganhasse licitação; vencedor diz que preço ofertado é factível

VALDO CRUZ
LEILA COIMBRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O resultado do leilão da hidrelétrica de Belo Monte, com deságio de 6%, e as perspectivas de mudança no consórcio Norte Energia criaram dúvidas no mercado e em parte do governo sobre a obra. Na avaliação do governo Lula, o consórcio terá um "lucro menor", mas terá de honrar os compromissos assumidos.
A avaliação, feita por um auxiliar direto de Lula, mostra a preocupação do governo com o valor ofertado pelo consórcio liderado por Chesf, Bertin e construtora Queiroz Galvão, que surpreendeu o governo. "Esperávamos que o grupo mais forte ganhasse e ofertasse o preço mais baixo possível", diz esse assessor.
Na fase de negociação, a equipe de Lula espera que os vencedores do leilão subcontratem, para execução das obras, ao menos duas das três grandes empreiteiras que ficaram de fora do projeto: Andrade Gutierrez, Norberto Odebrecht e Camargo Corrêa. As duas últimas desistiram de participar da disputa por discordarem do preço da energia, mas em seguida abriram negociações com a Andrade para integrar o consórcio caso ela fosse a vencedora.
A avaliação de técnicos do governo e de analistas é que, sem ao menos uma dessas empresas na construção, a obra corre riscos. Afinal, elas não só são as que têm maior experiência nesse tipo de obra como são as que mais conhecem o projeto.
No consórcio vencedor, a única empresa que tem experiência na construção de hidrelétricas é a Queiroz Galvão. O problema é que ela sozinha nunca atuou num projeto da magnitude de Belo Monte e, além disso, ameaça sair do grupo ganhador do leilão.
O consórcio Norte Energia, que enfrenta divisões internas com a ameaça da Queiroz Galvão de se retirar do grupo, ganhou o leilão com a oferta de preço de R$ 78 pelo megawatt-hora, valor 6,02% abaixo do teto fixado de R$ 83.
Maurício Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), disse que essa tarifa não poderá ser alterada, mesmo que o investidor venha a ter futuramente aumento nos custos de construção da usina.
"O contrato não permite revisão de seu equilíbrio financeiro. É um risco que o empreendedor assume."
Na terça, logo após o leilão, o consórcio disse que o preço ofertado era factível e que bancaria o custo do projeto, estimado em R$ 19 bilhões pelo governo. "Minhas avaliações, com as equipes técnicas do consórcio, mostram que dá para fazer a obra com a tarifa colocada", afirmou José Ailton de Lima, diretor de engenharia e construção da Chesf.
Além das empreiteiras, o consórcio vencedor negociará com os fundos de pensão Petros e Funcef para entrarem como sócios estratégicos. A entrada tem o patrocínio do governo, para dar "musculatura" financeira aos ganhadores.
O Norte Energia deve buscar também fazer sociedade com autoprodutores de energia, como CSN e Gerdau, além de equacionar a situação da Queiroz Galvão, que pediu prazo de sete dias para decidir se permanece no consórcio.

quarta-feira, abril 21, 2010

Belo Monstro

Consórcio "azarão" vence leilão de Belo Monte
Grupo liderado por Chesf e Queiroz Galvão surpreende na disputa, mas se desfaz parcialmente e deve receber novos sócios

Em licitação marcada por batalha jurídica, consórcio favorito, encabeçado por Andrade Gutierrez, ofereceu preço próximo ao teto fixado

LEILA COIMBRA
HUMBERTO MEDINA
SOFIA FERNANDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apontado como azarão, o consórcio Norte Energia, liderado pela Chesf, subsidiária da Eletrobras, arrematou a concessão da hidrelétrica de Belo Monte (PA), que será a maior usina 100% brasileira e a terceira maior do mundo quando entrar em operação, em 2015.
O consórcio vencedor, que inclui o grupo Bertin, no entanto, desfez-se parcialmente. "A Queiroz Galvão pediu um tempo para pensar se continua no consórcio", disse o diretor de engenharia e construção da Chesf, José Ailton de Lima. A Folha apurou que a Queiroz Galvão (10,02% de participação no consórcio) enviou aos sócios na semana passada carta em que informava a desistência do projeto. Ontem voltou atrás e pediu sete dias para tomar decisão definitiva.
A construtora J. Malucelli (9,98% de participação) também disse ao grupo estar fora -embora negue oficialmente. Na avaliação da Casa Civil, que não considera irreversível a mudança no consórcio, esse tipo de "acomodação" é natural. De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), porém, a alteração no consórcio só pode acontecer depois da outorga da usina, prevista para 23 de setembro.
A mudança deverá abrir espaço para os fundos de pensão Petros e Funcef e também autoprodutores (indústrias que absorverão a produção de energia da usina para consumo próprio) como CSN e Braskem.

O leilão
O leilão durou sete minutos e foi encerrado na primeira fase, com o consórcio vencedor ofertando R$ 78 por MWh (megawatt-hora), deságio de 6,02% ante o preço inicial de R$ 83.
Por conta das regras do leilão, o preço de venda para as distribuidoras será de R$ 77,97. O outro consórcio, formado pela construtora Andrade Gutierrez, pela Vale, pela Neoenergia, pela CBA e por duas subsidiárias da Eletrobras (Furnas e Eletrosul), ofereceu R$ 82,90. Como a diferença entre os preços superou 5%, não foi permitida contraproposta.
Em relação aos leilões das hidrelétricas do rio Madeira (RO), a competição por Belo Monte trouxe menos benefícios ao consumidor. Em Santo Antônio, houve deságio de 35%. Em Jirau, de 21%. Os preços, no entanto, ficaram próximos: R$ 78,87 em Santo Antonio e R$ 71,4 em Jirau.
"É a energia mais barata que existe em todo o atual leque de opções de obras no país", disse o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. Para o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, a usina já deveria ter sido feita. "Estamos pagando a conta do atraso com energia mais poluente." Belo Monte está sendo estudada desde 1975.
Para se tornar viável, a hidrelétrica de Belo Monte tem pesada participação estatal, seja por meio das estatais e dos fundos de pensão (que entrarão como sócios estratégicos), seja por benefícios fiscais e financiamento público do BNDES.
O custo da usina, estimado pelo governo em R$ 19 bilhões, muito questionado, foi defendido pelos vencedores. "Dá para fazer a obra com a tarifa colocada", diz Lima, da Chesf.
Para que o leilão fosse realizado, houve uma batalha jurídica: liminares suspendendo o leilão e sendo derrubadas pela Advocacia-Geral da União em seguida. Assim que o pregão foi encerrado, o anúncio do vencedor ficou suspenso por mais de duas horas por conta de outra liminar contrária à obra. Segundo o governo, essa nova liminar não invalidou o leilão, porque ele já havia terminado no momento da notificação.
O Ministério Público Federal investigará se o governo desobedeceu a uma ordem judicial. A Aneel nega. "Fui notificado por e-mail, recebido no meu celular, às 13h30", disse Marcio Pina, procurador-geral da agência. Ele ressaltou, ainda, que, formalmente, a Aneel ainda não foi notificada, mas que, por cautela, decidiu suspender o anúncio dos vencedores.



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Colaborou JOÃO CARLOS MAGALHÃES , da Agência Folha, em Belém

terça-feira, abril 18, 2006

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caminhoneira Posted by Picasa
Mebengokré Posted by Picasa
Aprendiz de feiticeira
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quinta-feira, fevereiro 16, 2006

10 anos - Marista! Posted by Picasa

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Há muito tempo atras, na Idade Média, Altooomia ataca! Posted by Picasa
1993-Marista-Altozoomia ataca! Posted by Picasa

quarta-feira, fevereiro 08, 2006